Prostrada
Em meio a pó e vida acinzentada
Reverencio Meu Dono
Como?
Se mal consigo pronunciar-lhe o nome?
Em silêncio suspiro
Entreabertos, meus lábios tremem por Ti
Tens minha essência
Notas florais de um delicado perfume
Por que me aprume?
Mereço habitar em Teus anseios?
E minha verdade fluida passeia em Teus dedos
Por que me aprume?
De novo pergunto
És por acaso surdo?
Sim, Tu me dizes
Tenho ouvidos desatentos a autocondenação
E braços estendidos a real adoração
Diante de tamanho esplendor
Como não explodir em amor?
Envolta em Seus laços
Faço o que for de Teu agrado
Fragrâncias entre nós trocadas
Deixam-me totalmente inebriada
Sem saber quando sou eu
Ou quando em mim
O perfume é Teu