quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Justiça

Brisa leve em meu rosto
Sublima
Sol em cima
Aquece e traz gozo

Paz
É muito mais
É acalanto que refaz
Da correria de ser
Do desenfreio de ter
Do delírio de fazer

Simplicidade
Riqueza na certeza de nada ter
Regalia em poder me ater
E contemplar a glória
Daquele que refez minha história

Mundo louco
Desvairado mundo
Ai de ti que não pára
Ai de ti que não chora
Ai de ti que não clama por justiça
Ai de ti que cala
Ai de ti que acumula

Ai de ti, endurecido coração
Que não resplandece
E tem a alma maculada pela religião

Um dia não haverá mais tempo
De habitar na Verdadeira Comunhão
Não existirá alento
Para quem plantou solidão

Por Samira Tavares